Se houvesse ainda talismã bendito
Que desse ao pântano — a corrente pura,
Musgo — ao rochedo, festa — à sepultura,
Das águias negras — harmonia ao grito...
Se alguém pudesse ao infeliz precito
Dar lugar no banquete da ventura...
E trocar-lhe o velar da insónia escura
No poema dos beijos — infinito...
Certo... serias tu, donzela casta,
Quem me tomasse em meio do Calvário
A cruz de angústia, que o meu ser arrasta! ...
Mas se tudo recusa-me o fadário,
Na hora de expirar, ó Dulce, basta
Morrer beijando a cruz de teu rosário! ...
(Castro Alves)
Há anos que não lia Castro Alves, gostei.
ResponderExcluirEsse poema era um dos favoritos de mamãe que se chamava Dulcineia.
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